domingo, 4 de novembro de 2007

Web 2.0: A máquina somos nós

É difícil estar envolvido com a tecnologia da informação e não ter ainda ouvido falar da "Web 2.0". Da mesma forma, é difícil encontrar unanimidade na definição do que é, como é composta, quando e por quem foi criada essa "nova versão" da web que conhecemos. Sabe-se que o termo foi criado por Tim O´Reilly e utilizado pela primeira vez numa conferência em 2003. Para muitos, a web 2.0 tem relação direta com os wikis, redes sociais e a participação mais ativa dos usuários gerando e categorizando a informação. Para outros, não passa de um modismo ou uma jogada de marketing.

Eu tenho juntado uma série de links com explicações e exemplos sobre o assunto. Uma excelente forma de tentar explicar a web 2.0 é o vídeo "Web 2.0: The Machine is Us/ing Us", criado pelo antropologista Michael Wesch, da Universidade de Kansas. Nele, são explicadas as novas tecnologias e o impacto que elas ocasionam na forma de gerar e visualizar as informações na web. Além de informativo, o vídeo é inovador na forma de apresentar essa informação, pois não há uma narração oral, apenas uma trilha sonora ao fundo e palavras sendo escritas, trocadas e sobrepostas na tela e dentro das aplicações web que ele busca explicar. Na verdade, é mais fácil assistir que tentar entender a explicação. Além da versão original, é possível ver uma versão com legendas. Outra opção é assistir a versão refeita em português pelo pessoal da Escola do Futuro da USP:


Link do vídeo, pro pessoal do feed

Para quem gostou desse vídeo, fica a dica dos outros vídeos feitos pelo Dr. Michael Wesch, "Information R/evolution", que fala também sobre as mudanças ocasionadas pela web 2.0 e o inquietante "A Vision of Students Today" sobre a relação entre os estudantes e a escola no meio dessa revolução da informação.

E pra você? O que é a web 2.0?

8 comentários:

Giu Vicente disse...

Muito bom Marcandré!

Esse papo falamos há elgum tempo, e com a euforia merecida.

Para mim a web 2.0 é o quase que canibal, ela se alimenta dela mesma.
Exemplificando: Orkut, del.icio.us, flickr, entre outros.

Para quem não conhece esses sites não têm um conteúdo produzido pelos criadores do site, mas pelas pessoas que fazem parte dessa comunidade. As pessoas geram conteúdo e consomem o conteúdo gerado por outras pessoas.
Basta agora saber se esse conteúdo é ou não "consumível".

Abraços!

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Valeu Giu, obrigado pelo comentário.

Com certeza muitos dos links que eu juntei e ideías sobre o assunto vieram de nossas discussões.

Um abraço

Fabio Thomaz disse...

Olá Marco.

Ótimo post sobre um assunto que está em alta no mercado.
Já ouvi algumas discussões sobre o que é Web 2.0, e realmente, até sabemos o que ela é, mas nos falta uma definição clara.
O vídeo mostra isso de uma maneira divertida e diferente.
Na minha opinião, a onda da Web 2.0 está apenas começando. :)

Um abraço!

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Valeu Fábio

Também concordo que o assunto está apenas começando. Vamos ver o que vem aí pelo futuro.

Unknown disse...

Ola Marco,

Muito legal, vou indicar ao alunos, é interessante este ponto de vista que o Giu comentou " ela se alimenta dela mesma "
Ja é natural viver deste modo para quem esta na tecnologia e para os que iniciam ja vão automaticamente
direto via "by pass" se alimentando e sendo alimentados. Se o conteúdo é "consumível" ???

Olha só pela curiosidade humana e a famigerada concorrência já é o bastante para a audiência e que aqui traduzimos como consumo.

Ora sei lá intendi .....

Parabens

Oliveira disse...

Caro Marco

Tempos atrás o Giu já me tinha enviado o vídeo e eu achei o máximo e fiquei viajando (sociológica e filosóficamente falando) na maionese e pensando nas minhas aulas sobre o tema.

É realmente incrível.
É o limiar do cumprimento de uma profecia Erik von Danikeniana de um admirável mundo novo...

Para mim o termo web 2.0 é fraco, para mim é muito mais um novo meio-ambiente, um novo mundo que mistura átomos e bits, uma nova forma de viver, interagir, e quem sabe ser mais livre e independente de empresas formais, de bater cartão, de sorrir sem querer sorrir para um chefe autoritário cretino.

É uma mistura da visão digamos de Negroponte, George Orwel, Erik von Danike, Domenico de Masi, etc...

Mas também me leva a reflexões teológicas, e lembro de Daniel onde Deus lhe diz mais ou menos assim "Daniel lacra as palavras deste livro, você vai para a sepultura, mas no fim te ressuscitarei, mais o fim ainda não é agora, pois primeiro a ciência se multiplicará, e então virá o fim...".

Nossos avós e bisavós não conseguiam imaginar um mundo com celulares, TV ao vivo, telemática, etc...

Nós também não conseguiremos imaginar um mundo daqui a 50 anos, será bem diferente do que as nossas elocubrações, mas com a migração das relações e dos negócios do mundo dos átomos para o mundo dos bits, e com ambientes tipo este da web 2.0 e de sistemas tipo "second life", penso que iniciamos a vislumbrar o que vem por ai.

Ficará tão bom que se possível nos esqueceremos até de Deus.
Seremos "deuses", via tecnologia.

O que me faz voltar a escritura e lembrar que eu sou é um pecador miserável, e que não devo me conformar com este mundo.

Mas que é interessante estar vivo e viver estes novos mundos, sim de fato é.

Um grande abraço

Seu admirador a distância

Lhe escrevendo não por penas nem canetas, mas por um mecanismo virtual de um novo mundo que se aproxima.

Mas Marco, no céu será melhor, pois as coisas que o ouvido não ouviu, e que o olho não viu, e que o pensamento humano não conseguiu pensar, Deus tem preparado para os seus.

Um abraço

Natan

Eng_quimica_IST disse...

Grande Marco,

Muito legal a matéria.
Para leigos (mas usuários)vale muito a pena ler e se informar.
Vou recomendar para os mortais como eu.

Abs

Kra

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Obrigado pelos comentários meus amigos.

Vou me esforçar pra escrever outros artigos ainda melhores.