sexta-feira, 11 de abril de 2008

Retirando o Linux de um notebook

Há muitos anos que minha estação de trabalho em casa possui dual boot com Windows e Linux e quando comprei meu notebook, não tive dúvidas em fazer o mesmo. Atualmente, uso muito mais o Ubuntu Linux, mas eventualmente entro no Windows XP para usar algum programa específico ou para que outra pessoa o utilize. Além do dual-boot, tenho partições separadas para sistema e dados e algumas etiquetas e adesivos colados na tampa e dentro do notebook, pra deixá-lo com a minha cara.

Até aí, nada especial. O problema surgiu quando vendi o notebook e percebi que precisaria deixá-lo preparado para o seu novo dono. A primeira constatação foi que ele não iria utilizar o Linux e eu teria que retirá-lo do notebook. Isso traria a vantagem de criar uma partição de dados maior, utilizando a antiga partição do Linux e a de swap. Além disso precisaria retirar os adesivos e apagar meus dados, usuários e arquivos de configuração. Aqui começou minha saga.

Apagar os dados foi algo doloroso, porém simples. Selecionei o que precisava, copiei pro pendrive e apaguei tudo. Apaguei os usuários pela ferramenta do Painel de Controle do Windows XP e alterei a senha do administrador. Entrei também no Linux e modifiquei as opções de boot, colocando o Windows como padrão e diminuindo o tempo de espera para 1 segundo. Mal sabia eu que isso não iria adiantar de nada.

A próxima etapa seria remover as partições do Linux e juntar esse espaço a uma partição FAT32 utilizada para os dados. Aqui surgiu o primeiro problema: tentei remover as partições ext3 e de swap, mas o Partition Magic informou que não reconhecia aqueles tipo de partição e não poderia executar a operação. Lembrei que tinha um CD do GParted de alguns anos atrás guardado em algum canto e fui a sua caça. Dei o boot pelo CD do Gparted e repeti a operação de remoção das partições. Ele levou alguns segundos e me informou que havia feito. Juntei o espaço livre à partição FAT32, o que levou mais alguns segundos e reiniciei o computador.

Quando o computador reiniciou, percebi que tinha esquecido de um detalhe importante: o gerenciador de boot, o grub, estava na partição do Linux, e agora ela não existia mais. Dessa forma, o computador havia perdido o boot. Sabia que poderia executar um fdisk /mbr com um disco de boot do Windows 98, mas como fazer isso, se o notebook não tem drive de disquete? Depois de me bater um pouco, o Eduardo Dutka me passou a dica salvadora: entrar com o CD de instalação do Windows XP e escolher a opção de Reparar. Isso abre um prompt de comandos do XP dentro da pasta de sistemas dele dentro do computador. O fdisk não existe, mas o comando fixmbr restaura o setor de boot, permitindo que computador volte a iniciar pelo Windows XP. Esse é o tipo de informação que pode ser muito útil num momento de aperto como o que passei, uma vez que reinstalar um sistema inteiro leva um bom tempo e dá um certo trabalho.

E quanto aos adesivos e etiquetas? Usei uma técnica que aprendi com o Claudionor há muitos anos atrás. Nessa época, comprava CDs importados com ele e era comum ficar a cola das etiquetas na capa dos CDs. Um dia ele me deu a dica: passar margarina, deixar um tempo descansando, esfregar e limpar com um guardanapo ou pano. Usei a técnica no notebook e não deu outra: um notebook limpinho de novo.

Finalmente, o notebook pode seguir seus destino com o Windws XP funcionando, o Linux retirado, a partição de dados aumentada e limpa e as etiquetas e adesivos removidos. E você, tem alguma experiência semelhante pra contar, ou alguma dica pra complementar as minhas? Escreva nos comentários.

8 comentários:

Linux Dummy disse...

Legal a solução. Eu teria formatado mesmo, nem pensaria duas vezes. :)
Margarina? Aprendi uma nova.
Outra coisa, somos vizinhos. Sou aqui de Guaramirim.
Um abraços cara. Tudo de bom.

Anônimo disse...

Opa, margarina? Confesso que nunca havia passado em minha cabeça usar margarina como solvente. hehehe.
Vivendo e aprendendo. =o)

Anônimo disse...

Marco,

O comentário da margarina foi o melhor que vc poderia ter nos dado. Acabamos de comprar um compu e retiramos as etiquetas para ele ficar mais clean. Acho que tinha uma que o fabricante queria que ficasse ali para sempre, mas, a margarina nos salvou depois de já termos quase perdido as esperanças.
VIVA A MARGARINA, VIVA O CLAUDIONOR!
Obrigada,
Carolina

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Sim, funciona muito bem. Eu também uso margarina pra tirar o adesivo que fica no carro quando você retira os adesivos do fabricante, da revenda, etc. Gosto de carro com a traseira limpa, como o notebook.

Anônimo disse...

Olha faz muito tempo que não formatava uma máquina, nem do Fdisk eu lembrava, rsrsrsrs, seu Post me deu um norte, eu removi o linux que veio no notebook e tb esqueci do bendito grub, e se não fosse seu post eu não iria lembrar do fdisk /mbr nunca. rsrsrsr

Muito obrigado, ah a dica da margarian eu tb não conhecia, valeu =)

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Olá Nicolas

Eu também tive que pesquisar pra lembrar como se fazia e por isso resolvi escrever a respeito. Que bom que foi útil pra outras pessoas, como você.

Um abraço

Marco André

Macro disse...

Essa sua teoria seria a que eu tbm usaria para formatar minha máquina nestas condições. Mas enfim, acho que o que mais me surpreendeu foi sem dúvida aquela história da margarina. Fico me perguntando se essa técnica funciona até agora, será?

MARCO ANDRE LOPES MENDES disse...

Se tem algo que funciona é a margarina! Tirei vários adesivos da parte de trás do meu tablet usando margarina. Ficou novo. Pode experimentar.